segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vomito esta gota de sangue
como o mundo vomita em mim
sorvo cada gota
em dia que não tem fim.

Levo na boca o gosto do sangue
este que me faz lembrar outrossim
na alma e no corpo sedentos
que cada dia é só mais um fim.

Sufoco-me com o sabor
o cheiro do sangue em mim
mas cuspo cada gota
como se me desfizesse em carmim.

Vejo a gota no chão
tal qual animal olho e cheiro assim
e desejo alucinadamente que esta gota
permaneça um hospedeiro enfim.

2 comentários:

  1. cara,me identifiquei muito com este poema!

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  2. é amiga as vezes palavras revelam o que somos mas não revelam o que sentimos!

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